terça-feira, outubro 21, 2008
Tenho me questionado frequentemente sobre a ilusão que cada um de nós tem da nossa imagem.Porque basicamente conhecemos-nos a nós próprios pelo que sentimos e pensamos e isso geralmente está oculto aos olhos de quem nos rodeia.Em contrapartida, para quem nos rodeia, nós somos as nossas acções, as nossas atitudes.Eu penso que sei o que sou através do que sinto e penso. No entanto sou duas pessoas: uma é aquela com quem convivo 24 horas por dia, a outra aquela que convive com várias pessoas ao longo do dia.Daí que quanto maior a confiança que temos em alguém, mais esse alguém vai aprendendo sobre nós.Apercebi-me disso porque ás tantas questionei-me se será que alguma vez amei alguém verdadeiramente.Para já porque cada um encara o amor à sua maneira; além disso o amor que dei de certeza que não terá sido o mesmo que o “objecto amado” recebeu…até lá chegar, á cabecinha e ao coração dele, sofre variadas mutações…não sei se me estou a explicar bem.Por exemplo: tenho uma amizade de 15 anos com duas pessoas. A partilha, a preocupação, o entendimento, a confiança, o interesse, e tantos outros sentimentos, têm proporções completamente distintas em comparação com outras pessoas, que passaram ou até permanecem na minha vida, mas não há tento tempo.Não terá existido ainda NINGUÉM (fora a estas duas amizades de quinze anos e a família, claro), por quem eu me preocupe tanto. Que eu ouça com atenção verdadeira, com interesse genuíno. Que eu entenda e respeite, seja qual for, a sua acção. Que eu saiba claramente que conselho dar. Que eu saiba quando precisa de ajuda e quando ajudar. Que eu não condene, e que simplesmente aprecie tanto as alegrias quanto chore as tristezas.Isso sim, é amor. Verdadeiro.Quinze anos…foi precisa uma evolução contínua na amizade para deixar o amor de alguém me atingir…e em consequência deixar o meu amor chegar a alguém.Tanto tempo!!Por isso… penso que me devo ter apaixonado umas quantas vezes na vida…mas amar mesmo, cada vez tenho mais dúvidas!Para vocês do Quarteto Maravilha!
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