terça-feira, outubro 21, 2008

Dirty talk

Naqueles momentos a que os americanos tão sabiamente chamam de "Quality time", persiste em mim algo a que chamo de autêntico "turn off"- as palavras. Sei bem que é algo que muitas pessoas gostam, há até aqueles que gostam de relatar desde o inicio ("excitas-me!", "faz assim", "mete assado", "estou quase lá", etc...) e há aquelas que adoram ouvir. Já ouve quem me cobrasse o silêncio, no entanto eu prefiro usar a linguagem corporal ou inevitávelmente deixar escapar uns sons ou uns gemidos, a verbalizar a coisa. Claro que não começo muda e acabo calada, se tiver de dizer necessáriamente alguma coisa, como "vamos lá com mais calma que eu não tenho pressa de chegar a lado nenhum", então eu digo, exactamente para evitar que uma experiência que eventualmente possa ser boa, acabe em frustração. Mas quando começa a haver muita verbalização confesso que não me agrada. Não consigo explicar porquê, confesso. Farto-me de pensar nisso, uma vez que tantas pessoas são adeptas de verbalizar o seu "tempo de qualidade", algumas até necessitam disso para que realmente seja de qualidade.
A mim dá-me vontade de soltar um "CALA-TE lá e trabalha mais se faz favor"

Depois há a questão da verbalização ordinária. E quando digo ordinária, não é só com a conotação de ofensiva, mas também ordinária de rasca. Pérolas do português pornográfico como "f**e-me", "vou-te dar uma f**a", "vou-me esp***ar todo/a", "mete-o todo" e por aí fora, na minha opinião são autênticas "turn off's". Lá porque as meninas dos filmes que andas a ver gostam de falar ou que falem com elas assim, isto aqui não tem guião, ok? Estamos aqui os dois, e para mim basta-me ver-te a contorcer-te, a cerrar os olhos, a morder os lábios, a gemer, e sentir o teu coração acelerado, e isso sim, faz-me querer mais e mais e repetir.

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