Sexta feira afinal não fui ao Lux. Parece que agora, de 15 em 15 dias à sexta feira o Lux faz uma festa em que se tem de ir mascarado rigor, e portanto resolvemos mudar de planos.
Acabámos por ser 12 malucos desgovernados a invadir o lugar que eu menos esperava, apanhámos todos uma tosga descomunal, levámos com granito na testa, dançámos como se não houvesse amanhã, a Fernanda e a Sónia nem sonhavam no que se estavam a meter, mas acabaram por ter uma noite como nunca tiveram! O Miguel parecia estar possuído pelo demo, às tantas fomos dar com ele a dançar com umas cortinas (!), ele enrolava-se nas cortinas, ele tapava-se com as cortinas, ele esfregava as cortinas no peito com olhar lascivo... até que o segurança lhe foi chamar à atenção. Eu ri-me como já não me ria à muito. Quando liguei ao Du e ao Zé Pedro a dizer:" meus queridos, hoje a vossa bebé precisa de ser animada", eles levaram muito a sério. Foram me buscar, e o Zé Pedro recebe-me com um abraço e diz: "Querida, esta noite é tua!".
E foi! Todos passaram a noite inteira a puxar por mim, não me deixavam parar nem um segundo! E quando eu ía a abrir a boca, o Alexandre como se adivinhasse fez "chiuuuu" e disse "hoje não vamos falar de coisas tristes!"
Há melhor amor que este?
Meus babes, muito obrigado!
domingo, novembro 30, 2008
domingo, novembro 23, 2008
The Million Dollar Hotel
"Wow,
After i jumped, it ocurred to me, life is perfect.
Life is the best. Full of magic, beauty, opportunity, and television.
And surprises, lot's of surprises, yeah.
And then there’s the best stuff of course, better than anything anyone ever made up, 'cause it’s real."
A crítica foi das piores. À primeira vista parece um filme dramalhão, decadente, deprimente e parado. E se calhar é, mas não deixa de ser um dos meus preferidos.
Mas vamos lá ver:
- Realizado por Wim Wenders (sim, o gajo às vezes consegue ser uma seca!)
- A fotografia é de Phedon Papamichael ( Muito, muito bom!)
- Escrito por Bono, Nicholas Klein e Wim Wenders.
- A Banda Sonora ficou nas mãos de Bono, Brian Eno, Jon Hassell, Daniel Lanois, Hal Willner, e foi formada a MDH Band (Million Dollar Hotel Band). Sei que muitas pessoas da minha geração têm um ódio de estimação aos U2/Bono Vox, mas eu não sou uma delas, cresci a ouvi-los, e além disso nesta banda sonora acho que foge um bocadinho ao habitual dos U2, tendo muita influência de Jazz e Blues. Uma curiosidade: a letra da música mais conhecida desta Banda Sonora, a "The Ground Beneath her feet" foi praticamente retirada do livro com o mesmo título de Salman Rushdie, o qual concordou plenamente com o "plágio intencional", e inclusivamente aparece numa cena do vídeo desta música.
- As interpretações:
Temos a magnífica Milla Jovovich. Confesso que gosto muito dela, não acho que seja má actriz, pelo contrário. Aqui, também ela participa na banda sonora com a música "Sattelite of Love", na qual ela brinca com a voz provavelmente por não ter voz para cantar, e o resultado é no mínimo original.
Temos o Jeremy Davies. Sem dúvida a melhor interpretação neste filme. O personagem que ele interpreta exige uma liberdade de expressão corporal a meu ver muito díficil. Ele é Tom Tom, o meu personagem preferido deste filme.
Temos o Mel Gibson. Um Mel Gibson muito diferente do que estamos habituados.
E ainda uma série deles como Amanda Plummer,Gloria Stuart, Julian Sands, Jimmy Smits, etc...
- A estória: Pode não ser a melhor. Num hotel que fora nos seus tempos áureos de grande renome é, no momento, um edificio ocupado por indigentes, cada um mais maluco que o outro. Lá vive Tom Tom (Jeremy Davies), um personagem que é inocente e meio maluquinho e que parece viver numa realidade só sua. É apaixonado por Eloise (Milla Jovovich), um anjo caído nas ruas da cidade. Outro dos residentes é Izzy (Tim Roth), um drogado que cai do telhado e aparece morto. O agente do FBI Skinner (Mel Gibson) é quem vai investigar se tratou-se de um suícidio ou assassinato. Todos os residentes são suspeitos. Enquanto isso, Tom Tom e Eloise vão se apaixonando. Acima de tudo , é uma estória de amor. Estranha, mas bonita e tocante.
O melhor?
Para mim são os diálogos e monólogos de Tom Tom.
Aqui têm o trailer, com um som péssimo aviso já!
After i jumped, it ocurred to me, life is perfect.
Life is the best. Full of magic, beauty, opportunity, and television.
And surprises, lot's of surprises, yeah.
And then there’s the best stuff of course, better than anything anyone ever made up, 'cause it’s real."
A crítica foi das piores. À primeira vista parece um filme dramalhão, decadente, deprimente e parado. E se calhar é, mas não deixa de ser um dos meus preferidos.
Mas vamos lá ver:
- Realizado por Wim Wenders (sim, o gajo às vezes consegue ser uma seca!)
- A fotografia é de Phedon Papamichael ( Muito, muito bom!)
- Escrito por Bono, Nicholas Klein e Wim Wenders.
- A Banda Sonora ficou nas mãos de Bono, Brian Eno, Jon Hassell, Daniel Lanois, Hal Willner, e foi formada a MDH Band (Million Dollar Hotel Band). Sei que muitas pessoas da minha geração têm um ódio de estimação aos U2/Bono Vox, mas eu não sou uma delas, cresci a ouvi-los, e além disso nesta banda sonora acho que foge um bocadinho ao habitual dos U2, tendo muita influência de Jazz e Blues. Uma curiosidade: a letra da música mais conhecida desta Banda Sonora, a "The Ground Beneath her feet" foi praticamente retirada do livro com o mesmo título de Salman Rushdie, o qual concordou plenamente com o "plágio intencional", e inclusivamente aparece numa cena do vídeo desta música.
- As interpretações:
Temos a magnífica Milla Jovovich. Confesso que gosto muito dela, não acho que seja má actriz, pelo contrário. Aqui, também ela participa na banda sonora com a música "Sattelite of Love", na qual ela brinca com a voz provavelmente por não ter voz para cantar, e o resultado é no mínimo original.
Temos o Jeremy Davies. Sem dúvida a melhor interpretação neste filme. O personagem que ele interpreta exige uma liberdade de expressão corporal a meu ver muito díficil. Ele é Tom Tom, o meu personagem preferido deste filme.
Temos o Mel Gibson. Um Mel Gibson muito diferente do que estamos habituados.
E ainda uma série deles como Amanda Plummer,Gloria Stuart, Julian Sands, Jimmy Smits, etc...
- A estória: Pode não ser a melhor. Num hotel que fora nos seus tempos áureos de grande renome é, no momento, um edificio ocupado por indigentes, cada um mais maluco que o outro. Lá vive Tom Tom (Jeremy Davies), um personagem que é inocente e meio maluquinho e que parece viver numa realidade só sua. É apaixonado por Eloise (Milla Jovovich), um anjo caído nas ruas da cidade. Outro dos residentes é Izzy (Tim Roth), um drogado que cai do telhado e aparece morto. O agente do FBI Skinner (Mel Gibson) é quem vai investigar se tratou-se de um suícidio ou assassinato. Todos os residentes são suspeitos. Enquanto isso, Tom Tom e Eloise vão se apaixonando. Acima de tudo , é uma estória de amor. Estranha, mas bonita e tocante.
O melhor?
Para mim são os diálogos e monólogos de Tom Tom.
Aqui têm o trailer, com um som péssimo aviso já!
quinta-feira, novembro 20, 2008
Coisas que não te digo I
Sentir em silêncio
Um dos grandes problemas nas relações é geralmente, a projecção. Apaixonamos-nos por uma imagem que fabricamos na nossa cabeça e algumas dessas projecções até podem corresponder à realidade. À excepção dos sentimentos mais especiais que nascem entre pessoas que já se conhecem pessoalmente há algum tempo, mas que nunca se "encontraram" até ao dia.
Ou seja, quando conhecemos uma pessoa e dá-se aquele "click", começamos nesse segundo a projectar uma personagem, uma figura mítica até, que depois à medida que o tempo vai passando, se desfigura, revelando a (por vezes crua) realidade.
Isso já aconteceu comigo, e provavelmente com toda a gente.
Mas e se fôr ao contrário?
Pois é... agora estou baralhada.
No nosso caso, o facto de ter projectado em ti uma figura vazia, boémia, sem apegos, sem laços, egoísta, gozão e tudo o mais de negativo que há anos ouço de ti (sim, porque eu ouço falar de ti há anos embora tu só saibas da minha existência há uns 2 meses), achei que isso funcionaria como uma vacina contra ti.
E naquela noite em que tão improvávelmente nos conhecemos (nunca tal coisa me tinha passado pela cabeça), estive sempre confiante. Sem problemas! Ah queres o meu telefone??? Toma lá pá, eu sou ninja e portanto imune a qualquer charme que tentes emanar para os meus lados.
Na verdade o nível alcoólico era tal que achei que nem sequer tinhas guardado o meu número, e que pronto tínhamos trocado umas palavras mas nunca mais te ía ver na minha vida pessoalmente. Afinal naquele louco aniversário do Lux, eu devo ter "conhecido" e trocado palavras com umas 20 pessoas que nunca tinha visto antes! Até houve um rapazinho (bem engraçado, por sinal) muito bêbado mas muito querido que, ao fim de uma meia hora de troca de palavras entre as quais "tu és linda" que ele repetiu umas 10 vezes, me deu um beijo na boca, ao que reagi com um "Então adeus" e fui-me embora e lá está, nunca mais o vi.
Mas não. Cheguei a casa às 8h30 e tinha uma chamada tua não atendida.
Ao que respondi com uma mensagem nada simbólica "Então, essa ressaca, tão grande como a minha ou pronto para outra?"
E assim começou. Troca de mensagens e eu sempre a pensar:"Eu sou ninja. Eu sei bem que terreno estou a pisar"! É que nestas coisas, eu sou um bocado como o outro "some people ask why, i ask why not". E ao fim do primeiro encontro, no qual bebemos um copo e conversámos animadamente, quando me deixaste em casa, antes de fechar os olhos, perguntei a mim mesma claramente "Why not"?
Afinal não me envolvia com ninguém há quase 2 anos, porque não? Ele é um gajo que consta ser pouco dado a compromissos ; Eu ainda não me apetece muito me envolver assim tanto também, portanto why not?Eu já sei algumas coisas sobre ele, ele nada sabe de mim, so why not?
E as coisas foram se proporcionando. Mal sabia eu da minha capacidade sobrenatural de me enganar a mim própria.
Então comecei numa defesa obsessiva, a gelar que nem pedra cada vez que eras carinhoso. Quando me leste um poema de amor e me perguntaste o que eu achava, respondi-te que era bonito, mas uma anulação da pessoa que o tinha escrito. Quando disseste que gostavas de mim não te respondi... quando tentavas te aproximar não fisica mas emocionalmente eu quase me desligava... comecei a perceber que estava presa numa carapaça que eu própria tinha criado, e provavelmente é essa a ideia que tens de mim hoje: um corpo, nada mais. E deixaste de te aproximar. E deixaste de me ler coisas. E começaste-te a afastar... até que eu já me sentia uma boneca. E começou a doer. A doer muito. E apeteceu-me tanto dizer-te esta não sou eu! Eu na verdade apaixonei-me por ti cada vez que me falaste ao ouvido, cada vez que me tocaste, cada vez que me beijaste, cada vez que me procuraste. Cada vez que pediste a minha opinião sobre a última coisa que tinhas feito, sobre aquilo que estavas a fazer, sobre aquilo que ainda ías fazer. Cada vez que me abraçaste e me beliscaste as orelhas como tens a mania de fazer.
E ontem fui-te ver. A ti, mais às dezenas pessoas que estavam contigo. E fui-me embora sem te dizer nada. Não te apercebeste, mas fui me despedir. Porque se alguma vez podia ter sido alguma coisa para ti, hoje sinto que sou nada.
Um dos grandes problemas nas relações é geralmente, a projecção. Apaixonamos-nos por uma imagem que fabricamos na nossa cabeça e algumas dessas projecções até podem corresponder à realidade. À excepção dos sentimentos mais especiais que nascem entre pessoas que já se conhecem pessoalmente há algum tempo, mas que nunca se "encontraram" até ao dia.
Ou seja, quando conhecemos uma pessoa e dá-se aquele "click", começamos nesse segundo a projectar uma personagem, uma figura mítica até, que depois à medida que o tempo vai passando, se desfigura, revelando a (por vezes crua) realidade.
Isso já aconteceu comigo, e provavelmente com toda a gente.
Mas e se fôr ao contrário?
Pois é... agora estou baralhada.
No nosso caso, o facto de ter projectado em ti uma figura vazia, boémia, sem apegos, sem laços, egoísta, gozão e tudo o mais de negativo que há anos ouço de ti (sim, porque eu ouço falar de ti há anos embora tu só saibas da minha existência há uns 2 meses), achei que isso funcionaria como uma vacina contra ti.
E naquela noite em que tão improvávelmente nos conhecemos (nunca tal coisa me tinha passado pela cabeça), estive sempre confiante. Sem problemas! Ah queres o meu telefone??? Toma lá pá, eu sou ninja e portanto imune a qualquer charme que tentes emanar para os meus lados.
Na verdade o nível alcoólico era tal que achei que nem sequer tinhas guardado o meu número, e que pronto tínhamos trocado umas palavras mas nunca mais te ía ver na minha vida pessoalmente. Afinal naquele louco aniversário do Lux, eu devo ter "conhecido" e trocado palavras com umas 20 pessoas que nunca tinha visto antes! Até houve um rapazinho (bem engraçado, por sinal) muito bêbado mas muito querido que, ao fim de uma meia hora de troca de palavras entre as quais "tu és linda" que ele repetiu umas 10 vezes, me deu um beijo na boca, ao que reagi com um "Então adeus" e fui-me embora e lá está, nunca mais o vi.
Mas não. Cheguei a casa às 8h30 e tinha uma chamada tua não atendida.
Ao que respondi com uma mensagem nada simbólica "Então, essa ressaca, tão grande como a minha ou pronto para outra?"
E assim começou. Troca de mensagens e eu sempre a pensar:"Eu sou ninja. Eu sei bem que terreno estou a pisar"! É que nestas coisas, eu sou um bocado como o outro "some people ask why, i ask why not". E ao fim do primeiro encontro, no qual bebemos um copo e conversámos animadamente, quando me deixaste em casa, antes de fechar os olhos, perguntei a mim mesma claramente "Why not"?
Afinal não me envolvia com ninguém há quase 2 anos, porque não? Ele é um gajo que consta ser pouco dado a compromissos ; Eu ainda não me apetece muito me envolver assim tanto também, portanto why not?Eu já sei algumas coisas sobre ele, ele nada sabe de mim, so why not?
E as coisas foram se proporcionando. Mal sabia eu da minha capacidade sobrenatural de me enganar a mim própria.
Então comecei numa defesa obsessiva, a gelar que nem pedra cada vez que eras carinhoso. Quando me leste um poema de amor e me perguntaste o que eu achava, respondi-te que era bonito, mas uma anulação da pessoa que o tinha escrito. Quando disseste que gostavas de mim não te respondi... quando tentavas te aproximar não fisica mas emocionalmente eu quase me desligava... comecei a perceber que estava presa numa carapaça que eu própria tinha criado, e provavelmente é essa a ideia que tens de mim hoje: um corpo, nada mais. E deixaste de te aproximar. E deixaste de me ler coisas. E começaste-te a afastar... até que eu já me sentia uma boneca. E começou a doer. A doer muito. E apeteceu-me tanto dizer-te esta não sou eu! Eu na verdade apaixonei-me por ti cada vez que me falaste ao ouvido, cada vez que me tocaste, cada vez que me beijaste, cada vez que me procuraste. Cada vez que pediste a minha opinião sobre a última coisa que tinhas feito, sobre aquilo que estavas a fazer, sobre aquilo que ainda ías fazer. Cada vez que me abraçaste e me beliscaste as orelhas como tens a mania de fazer.
E ontem fui-te ver. A ti, mais às dezenas pessoas que estavam contigo. E fui-me embora sem te dizer nada. Não te apercebeste, mas fui me despedir. Porque se alguma vez podia ter sido alguma coisa para ti, hoje sinto que sou nada.
Whatafu**!?!
Estranho estranho é estar em casa de um casal de amigos de longa data que tiveram há 6 meses um bebé (lindo de morrer, diga-se!), ir ao PC deles fazer uma busca de imagens no google de qualquer merda começada pela letra "P", e no historial aparecer logo: "Pamela Anderson breastfeeding".
WHATAFU**!?!
WHATAFU**!?!
terça-feira, novembro 18, 2008
Garden State
É, sem dúvida um dos meus filmes preferidos.
Zach Braff, além de actor, produtor e escritor é também realizador e aqui saiu-se bem. O actor da série "Scrubs" viu este seu filme ser nomeado para o "Grand Jury Prize" no festival Sundance.
Foi filmado em 25 dias, e conta com a presença, para além do próprio Zach, de Natalie Portman, Peter Sarsgaard e Ian Holm.
Não vou contar a estória do filme, mas cada personagem é deliciosamente estranha.
Só não gostei muito do fim, confesso.
A Banda Sonora é fantástica e ganhou o Grammy "Best Compilation Soundtrack Album for Motion Picture, Television or other Visual Media", com Frou Frou, The Shins, Zero7, Thievery Corporation entre outros.
Vale mesmo a pena ver.
Um conselho: Deve ser assistido na companhia de grandes amigos.
sábado, novembro 15, 2008
Dúvidas Alcoólicas
Porque será que, às 19h30 da noite de um Sábado, cada vez que me sirvo de Lambrusco, metade cai para fora do copo?
Será que é por estar nisto desde as seis da tarde?
E se ainda nem começou o jantar, como será a minha pontaria lá para as 23h?
Como vou saber qual é o meu quarto quando chegar a casa?
Será que na eventual agonia, saberei que tenho de ir até ao fim do corredor para chegar à casa de banho ou será que acabo a entrar no quarto da Fernanda e a vomitar sabe-se lá onde (adianto-me já com um pedido de desculpas se isso acontecer amiga!)
Bom, copo vazio.
Vou ali pintar de tinto a toalha da mesa.
Será que é por estar nisto desde as seis da tarde?
E se ainda nem começou o jantar, como será a minha pontaria lá para as 23h?
Como vou saber qual é o meu quarto quando chegar a casa?
Será que na eventual agonia, saberei que tenho de ir até ao fim do corredor para chegar à casa de banho ou será que acabo a entrar no quarto da Fernanda e a vomitar sabe-se lá onde (adianto-me já com um pedido de desculpas se isso acontecer amiga!)
Bom, copo vazio.
Vou ali pintar de tinto a toalha da mesa.
sexta-feira, novembro 14, 2008
Esta semana trezandou a morte... não lido bem com ela, nunca lidei. Foram 3 mortes não de pessoas próximas, mas de pessoas com importância para pessoas que me são próximas, e eu não consigo ficar indiferente.
Encontrei uma amiga que vejo basicamente 1 vez por ano, se tanto, a Carla Ascensão. Quando ela me viu, estendeu os braços e deu-me um abraço desesperadamente necessitado. Visivelmente abatida, a Carla falou-me da sua colega de trabalho e amiga Rute Cruz que morreu penso que foi no dia 6. Como não a conhecia não me atingiu. Mas ter visto a Carla tão triste tocou-me.
Não lido bem com a Morte.
Na verdade, não lido bem com nada que seja inevitável.
Encontrei uma amiga que vejo basicamente 1 vez por ano, se tanto, a Carla Ascensão. Quando ela me viu, estendeu os braços e deu-me um abraço desesperadamente necessitado. Visivelmente abatida, a Carla falou-me da sua colega de trabalho e amiga Rute Cruz que morreu penso que foi no dia 6. Como não a conhecia não me atingiu. Mas ter visto a Carla tão triste tocou-me.
Não lido bem com a Morte.
Na verdade, não lido bem com nada que seja inevitável.
quinta-feira, novembro 13, 2008
Seems i have to go, but still...
All I know is that you're so nice,
You're the nicest thing I've seen.
I wish that we could give it a go,
See if we could be something.
I wish I was your favourite girl,
I wish you thought I was the reason you are in the world.
I wish my smile was your favourite kind of smile,
I wish the way that I dressed was your favourite kind of style.
I wish you couldn't figure me out,
But you always wanna know what I was about.
I wish you'd hold my hand
when I was upset,
I wish you'd never forget
the look on my face when we first met.
I wish you had a favourite beauty spot
that you loved secretly,
'Cos it was on a hidden bit
that nobody else could see.
Basically, I wish that you loved me,
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I said two sugars,
actually I meant three.
I wish that without me your heart would break,
Yea, I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake.
I wish that without me you couldn't eat,
Yea, I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep.
Look,All i know is that you're the nicest thing I've ever seen
And I wish we could see if we could be something
Yea, I wish we could see if we could be something
* Kate Nash - The Nicest Thing
* E obrigado Nim.
You're the nicest thing I've seen.
I wish that we could give it a go,
See if we could be something.
I wish I was your favourite girl,
I wish you thought I was the reason you are in the world.
I wish my smile was your favourite kind of smile,
I wish the way that I dressed was your favourite kind of style.
I wish you couldn't figure me out,
But you always wanna know what I was about.
I wish you'd hold my hand
when I was upset,
I wish you'd never forget
the look on my face when we first met.
I wish you had a favourite beauty spot
that you loved secretly,
'Cos it was on a hidden bit
that nobody else could see.
Basically, I wish that you loved me,
I wish that you needed me,
I wish that you knew when I said two sugars,
actually I meant three.
I wish that without me your heart would break,
Yea, I wish that without me you'd be spending the rest of your nights awake.
I wish that without me you couldn't eat,
Yea, I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep.
Look,All i know is that you're the nicest thing I've ever seen
And I wish we could see if we could be something
Yea, I wish we could see if we could be something
* Kate Nash - The Nicest Thing
* E obrigado Nim.
E pronto.
E o Gabirú que andava a rondar antes de conhecer o "palerma" (private joke) que me está a dar dores de cebeça, resolveu do nada aparecer e pavonear-se à minha frente, a ver se coisa pega. É que, quando eu até poderia eventualmente, quem sabe, estar até mais ou menos interessada em conhecer, digamos, melhor esta ave rara, este calou o bico e sumiu-se (ainda não percebi se em boa ou má hora.)
Agora que estou tipo a tentar me aguentar à bronca em cima de uma gelatina gigante (tremida, leia-se), o Gabirú parece que sentiu o faro e reaparece.
Ah e tal e diz que eu sou um fenómeno. Eu digo-lhe que já me chamaram de muita coisa, mas fenómeno era o primeiro. Ele responde-me com beicinho - És má!
Eu dou um gole no meu café e digo - Maquiavélica até. Nem imaginas.
Ele convida-me para jantar no Sábado. Eu equaciono: gajo muito giro com tudo no sítio menos o cérebro ou, gajo que tem a sanidade mental completamente fora do sitio e que ainda por cima faz questão de me deixar também sem sanidade mental?
- Ok, jantar no Sábado então, respondo-lhe.
- Podes me ir buscar a casa? (tenho feito isso muito ultimamente... sou uma senhora gaja moderna)
-Posso pois.
- e estou seguro? não me vais raptar nem nada?
- hum... ( hesito). Sempre posso te largar ali no Conde Redondo... logo vejo.
Ele:
- ( cara de ponto de interrogação)
E o Gabirú que andava a rondar antes de conhecer o "palerma" (private joke) que me está a dar dores de cebeça, resolveu do nada aparecer e pavonear-se à minha frente, a ver se coisa pega. É que, quando eu até poderia eventualmente, quem sabe, estar até mais ou menos interessada em conhecer, digamos, melhor esta ave rara, este calou o bico e sumiu-se (ainda não percebi se em boa ou má hora.)
Agora que estou tipo a tentar me aguentar à bronca em cima de uma gelatina gigante (tremida, leia-se), o Gabirú parece que sentiu o faro e reaparece.
Ah e tal e diz que eu sou um fenómeno. Eu digo-lhe que já me chamaram de muita coisa, mas fenómeno era o primeiro. Ele responde-me com beicinho - És má!
Eu dou um gole no meu café e digo - Maquiavélica até. Nem imaginas.
Ele convida-me para jantar no Sábado. Eu equaciono: gajo muito giro com tudo no sítio menos o cérebro ou, gajo que tem a sanidade mental completamente fora do sitio e que ainda por cima faz questão de me deixar também sem sanidade mental?
- Ok, jantar no Sábado então, respondo-lhe.
- Podes me ir buscar a casa? (tenho feito isso muito ultimamente... sou uma senhora gaja moderna)
-Posso pois.
- e estou seguro? não me vais raptar nem nada?
- hum... ( hesito). Sempre posso te largar ali no Conde Redondo... logo vejo.
Ele:
- ( cara de ponto de interrogação)
terça-feira, novembro 11, 2008
Desculpa...
Desculpa...
Mas já chega.
Melhor, não chega.
Quero mais para mim.
Não quero ar a preencher-me.
Quero substância. Dádiva. Orgulho naquilo que temos.
Quero dizer "É ele... é ele que, mesmo que efemeramente,
está aqui dentro".
Sei que se te abraçar com força não consegues respirar.
Mas quero ansiar pela hora que marcaste comigo.
Quero contar os minutos para o teu telefonema.
Quero não ter vergonha de me preocupar contigo.
E quero ser tua amante, namorada, mãe, amiga e irmã.
E tenho medo. Medo de querer tudo e depois não querer nada.
Medo de querer demais, e ficar sem nada.
E quero me sentir confortável connosco. Comigo. Contigo.
Com isto.
Quero ser mais para ti. Muito mais.
Merda de insatisfação.
Quero que sintas a minha falta.
Quero que penses para ti " ah, se estivesses aqui agora..."
E quero que contes comigo.
Quero-te todo.
Prefiro o nada à metade.
Mas já chega.
Melhor, não chega.
Quero mais para mim.
Não quero ar a preencher-me.
Quero substância. Dádiva. Orgulho naquilo que temos.
Quero dizer "É ele... é ele que, mesmo que efemeramente,
está aqui dentro".
Sei que se te abraçar com força não consegues respirar.
Mas quero ansiar pela hora que marcaste comigo.
Quero contar os minutos para o teu telefonema.
Quero não ter vergonha de me preocupar contigo.
E quero ser tua amante, namorada, mãe, amiga e irmã.
E tenho medo. Medo de querer tudo e depois não querer nada.
Medo de querer demais, e ficar sem nada.
E quero me sentir confortável connosco. Comigo. Contigo.
Com isto.
Quero ser mais para ti. Muito mais.
Merda de insatisfação.
Quero que sintas a minha falta.
Quero que penses para ti " ah, se estivesses aqui agora..."
E quero que contes comigo.
Quero-te todo.
Prefiro o nada à metade.
segunda-feira, novembro 10, 2008
Contos III
Fantasma:
- Então e o outro...? Tens estado com ele?
Eu:
- Há uns dias que não sei nada dele... a última vez que tive notícias dele mandou-me uma mensagem para o telemóvel a dizer "Tu vicias!". Isto já foi há uns 3 dias, desde então nada.
Fantasma:
- "Tu vicias!"? Foi o que ele disse? E ainda nem esteve dentro de ti...
- Então e o outro...? Tens estado com ele?
Eu:
- Há uns dias que não sei nada dele... a última vez que tive notícias dele mandou-me uma mensagem para o telemóvel a dizer "Tu vicias!". Isto já foi há uns 3 dias, desde então nada.
Fantasma:
- "Tu vicias!"? Foi o que ele disse? E ainda nem esteve dentro de ti...
quinta-feira, novembro 06, 2008
Gosto/Não gosto
Quem me conhece bem, a fundo mesmo, sabe que eu tenho a mania irritante de racionalizar tudo. Penso que será uma defesa em resposta à minha fobia do descontrolo. Ao meu medo de enlouquecer e perder a noção das coisas. Detesto dilemas e confusões, e gosto de clareza e sentir que a minha mente é, para mim pelo menos, como um copo com àgua - assim transparente.
Como neste momento estou a viver não sei bem o quê, o que me leva a estar constantemente a racionalizar, a explicar, a desculpar ou não, a dar satisfações a mim própria, resolvi dentro da minha racionalização da coisa, pesar aquilo que gosto e o que não gosto.
Não para chegar a alguma conclusão, porque não vou chegar, mas apenas para traçar dois caminhos diferentes.
Gosto de ti, mas não gosto da ideia de te amar. Gosto da tua voz, das tuas expressões e de algumas coisas que escreves. Detesto o que algumas pessoas pensam de ti. Adoro estar contigo, mas detesto que os meus amigos achem que estou a cometer um erro crasso. Gosto da tua pessoa, da tua personalidade, mas detesto pensar que talvez sejas um pouco vazio, por não conseguires criar laços. Gosto por outro lado, do teu desprendimento e da fronteira que criaste para a tua liberdade, mas detesto lembrar-me que mesmo neste momento poderei não ser a única, embora aja como se isso não importasse.
Adoro que a tua cabeça seja uma centrifugação tresloucada de ideias e de criatividade, que te metas em mil projectos de uma vez, mas não gosto que te esqueças de ti às vezes. Adoro que cada vez que estou contigo me faças sentir um pouquinho parte da tua vida, mas detesto ficar sem saber de ti por vezes mais que três ou quatro dias - nem um telefonema, nem um sms.
Também não gosto de estar sempre a desculpar a tua ausência porque estás "sempre muito ocupado com as mil coisas em que te metes."
Gosto das tuas maluquices, como a de gravares num pequeno gravador "a Latonero é palerma, mas eu gosto muito dela". E ao mesmo tempo detesto, porque me desarmas.
Não gosto de saber que estou com uma pessoa que tem fama de mulherengo, mesmo tendo consciência disso desde o ínicio.
Adoro quendo lês na cama e fazes questão de o fazer com a minha cabeça no teu ombro. Adoro os teus beijos e o teu toque, mas odeio a ideia de os partilhar. Adoro que não acordes com o telefone a tocar, nem com a tua campaínha a tocar, nem com carros a buzinar à tua porta, mas que abras os olhos esbugalhados automáticamente se saio da tua cama. Gosto de te ouvir a trabalhar (a ler alto o que estás a escrever, a ler alto os teus raciocínios). Detesto que me apeteça te ligar mas não o faço porque não sei se podes/queres/apetece-te atender.
Gosto de ouvir falar bem de ti. Detesto ouvir falar mal de ti. Detesto quando te mando um sms e tu não respondes no próprio dia. Detesto ainda mais quando finalmente me respondes e eu fico com a estúpida sensação de que "afinal, sou feliz".
Detesto ter-me metido nisto com o objectivo de não me prender, mas sentir-me agora um boomerang - ora me atiras para longe, ora me agarras, para depois me atirares de novo.
Gosto que não me faças promessas - mas detesto saber que é por pura honestidade.
Como neste momento estou a viver não sei bem o quê, o que me leva a estar constantemente a racionalizar, a explicar, a desculpar ou não, a dar satisfações a mim própria, resolvi dentro da minha racionalização da coisa, pesar aquilo que gosto e o que não gosto.
Não para chegar a alguma conclusão, porque não vou chegar, mas apenas para traçar dois caminhos diferentes.
Gosto de ti, mas não gosto da ideia de te amar. Gosto da tua voz, das tuas expressões e de algumas coisas que escreves. Detesto o que algumas pessoas pensam de ti. Adoro estar contigo, mas detesto que os meus amigos achem que estou a cometer um erro crasso. Gosto da tua pessoa, da tua personalidade, mas detesto pensar que talvez sejas um pouco vazio, por não conseguires criar laços. Gosto por outro lado, do teu desprendimento e da fronteira que criaste para a tua liberdade, mas detesto lembrar-me que mesmo neste momento poderei não ser a única, embora aja como se isso não importasse.
Adoro que a tua cabeça seja uma centrifugação tresloucada de ideias e de criatividade, que te metas em mil projectos de uma vez, mas não gosto que te esqueças de ti às vezes. Adoro que cada vez que estou contigo me faças sentir um pouquinho parte da tua vida, mas detesto ficar sem saber de ti por vezes mais que três ou quatro dias - nem um telefonema, nem um sms.
Também não gosto de estar sempre a desculpar a tua ausência porque estás "sempre muito ocupado com as mil coisas em que te metes."
Gosto das tuas maluquices, como a de gravares num pequeno gravador "a Latonero é palerma, mas eu gosto muito dela". E ao mesmo tempo detesto, porque me desarmas.
Não gosto de saber que estou com uma pessoa que tem fama de mulherengo, mesmo tendo consciência disso desde o ínicio.
Adoro quendo lês na cama e fazes questão de o fazer com a minha cabeça no teu ombro. Adoro os teus beijos e o teu toque, mas odeio a ideia de os partilhar. Adoro que não acordes com o telefone a tocar, nem com a tua campaínha a tocar, nem com carros a buzinar à tua porta, mas que abras os olhos esbugalhados automáticamente se saio da tua cama. Gosto de te ouvir a trabalhar (a ler alto o que estás a escrever, a ler alto os teus raciocínios). Detesto que me apeteça te ligar mas não o faço porque não sei se podes/queres/apetece-te atender.
Gosto de ouvir falar bem de ti. Detesto ouvir falar mal de ti. Detesto quando te mando um sms e tu não respondes no próprio dia. Detesto ainda mais quando finalmente me respondes e eu fico com a estúpida sensação de que "afinal, sou feliz".
Detesto ter-me metido nisto com o objectivo de não me prender, mas sentir-me agora um boomerang - ora me atiras para longe, ora me agarras, para depois me atirares de novo.
Gosto que não me faças promessas - mas detesto saber que é por pura honestidade.
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