quarta-feira, dezembro 31, 2008

Para 2009...

... peço pouco para mim!

Só quero uma coisinha de nada! Simples.
Quero ganhar o Euromilhões para poder mandar tudo à fava.
Só.
Mais nada.
Se assim fôr só lá para 2019 é que me pôem a vista em cima, porque até lá vou viajar, viajar e viajar. Vou conhecer tudo o que quero conhecer. Experimentar tudo o que quero experimentar. Viver tudo o que quero viver. Vou andar 10 anos atrás do sol e do calor.
E depois sim, voltar com a minha sapiência e assentar.
Não quero luxos materiais, só o luxo de poder ajudar a minha familia e amigos. O luxo de poder pagar os problemas para deixarem de ser problemas. O luxo de poder viver e conhecer tudo o que este mundo tem para oferecer. Porque sinto-me ignorante não por não ter lido todos os livros e mais algum, não por ser péssima a matemática, não por não perceber/gostar um cú de política, mas porque a minha experiência de vida é resumida ao que até agora pude pagar. Felizmente já viajei bastante, adquiri experiências únicas nessas viagens, mas sempre limitada por ter de voltar quando a operadora turística assim exigia, deixando as minhas vivências a meio, incompletas.
A última viagem que fiz foi a Goa. Dez dias com passagem de 24 horas por Bombaim. Dez dias não é nada. Mas cada dia que passei lá me enriqueceu, isso posso garantir. O que acontece é que dez dias lá funcionam como um "teaser". Só abre o apetite de lá voltar. E eu quero muito lá voltar.
E neste momento já estou a divagar, e podia começar a contar a minha viagem a Goa e as recordações fantásticas que trago de lá mas este post não é sobre isso.

Resumindo:
Para mim, já disse o que quero para 2009.
Para vocês todos, quero que os vossos desejos se realizem. À grande.

Agora vou ali jogar no Euromilhões.

sexta-feira, dezembro 26, 2008

What??

-"I love Amy Winehouse!!! You know, you look a lot like her!"
Ao que nem precisei de abrir a boca para responder, tal era a minha expressão.
- "No, no, but in a good way!" Apressou-se a corrigir.
Good way? E que way é esse? O ar de pêga abandonada? O ar de bêbada decadente? O ar de agarrada o tudo o que é psicotrópicos? A voz? A voz não era de certeza, até porque a música estava muito alta para se ouvir a minha e eu nem estava a cantar.
Fiquei na dúvida.
Acho que preferia que me comparassem a um dos gajos do coro dela.

domingo, dezembro 21, 2008

Sebastian - The Superman

This post will be written in English because although Superman can speak a little bit Portuguese, he does understand English better. My English is a litle rusty though, so don't mind the stupid mistakes.



How i met Superman.

Friday night. I was tired and not feeling very well, but a friend challenged me go out a little and have fun. I thought "Ok. Just a little. Will come back home early."

So we decided to go to Lux.

The music was great. The crowd too.

Suddenly, in the middle of all that dancing people (in the bar), a figure cought my attention. He was tall, and wearing a shirt and dark grey suit (i think!). He had also glasses on. But what really cought my attention was the way he danced. A very very cool and stylish way. It was easy to see that he was having fun, no matter what song was playing, no matter what way people looked at him.
As i was. Because he was really funny, but not in a ridiculous way. I actually told my friend to watch him for a while. And she said - "Do you know who he reminds me of? Superman!"
And it was true... the glasses, the hair, and the suit, made him look like Clark Kent.
Time went by, and suddenly, i was dancing with my mind far away from there, and heard a voice "Are you guys from here?"
And there he was. Smilling at me.
So we started talking. I told him my friend thought he looked like Superman, he laught. Asked my name and introduced himself as "Clark". But after a while he said his real name was Sebastian.
So he was from Austria, and it was his first time in Portugal. Some guy (a very clever one, i must say) recommended him "Lux". He was leaving to Brazil at 8h00 (i think).
Most of the things he told me i couldn't listen, so we decided to dance more, and talk less.
We danced, we drinked, we all went outside to get some air, talked a litle bit more untill we froze, went back inside and danced, and drinked, and dance and drinked again. Untill 6h00.
I had to leave, unfortunately. We traded emails and phone numbers and i told him to come back in the summer.

So imagine my surprise, when the day after, at dinner time, i receive a call from a strange number.
It was Sebastian. I asked him "Are you already in Brazil?"
He answered: "ahhhhh, actually no. I didn't get the plane. So now i'll be leaving tomorrow. I was hoping to see you again, what are your plans for tonight?"
" i was planning to get some rest. I am really tired, didn't sleep much, i don't think i can move!"
-"Ah, come on!!! It's my last night!!! I'd like to see you! We could go to Lux again. A friend of mine is here and i want to show him "Lux".
"What? Are you crazy? I said i can't move, do you think i can dance?"
-"You will dance!!"
So ok. I definitely can't learn from my mistakes. After last week, i thought i learned something (well actually, i learned to go out without my car).
So again, we drinked and we dance, we got to know each other a little better, then he confessed to me he didn't get any sleep for 40 hours!!! And there he was, dancing like crazy! He sure was Superman, ahahahah!
But...
After a while...
He saw the couches upstairs in the bar, and he felt like they were calling him... so he decided to sit down for a while.
The 3 of us decided to sit and i was afraid i wouldn't hang on and fall a sleep, but after 5 minutes, Sebastian thought the couch was very similar to his bed. So he laid down. And after (what, 2 minutes?) he was deeply sleeping. Everybody that passed by thought he was in a coma or something.
So that was your last night at Lisbon, Superman! Sleeping in Lux couch!
I hope you had fun, i'm sure you will at Brazil, and don't forget to send me the pictures you took with your cell phone!

Oh, and by the way,
es ist alles über die harmonie.
Ich hoffe, dass Sie das Andenken genoßen, das ich Ihnen gab, und ich hoffe eines Tages, dass ich Sie wieder sehen werde.
Kuss

domingo, dezembro 14, 2008

hoje...

... sinto-me como o tempo. Não sei se chova, se brilhe, se gele ou se mande tudo pelo ar.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Muito improvável...

... ter dormido apenas umas 3 horitas e ter me levantado ás 07h30 da manhã para ir trabalhar, a uma quarta feira.
Passar o dia a questionar-me qual a matrícula do camião que me passou por cima.
Estar no trabalho e desejar como nunca a minha cama.
Sair do trabalho às 19h30 e 15 minutos depois estar com 2 amigas a beber ginginhas de Alcobaça em copos de chocolate, mas depois a rapariga que servia simpatizou connosco e já eram copos de plástico 5 vezes o tamanho dos de chocolate e cheios até cima, pelo mesmo preço.
Ir a uma bomba de gasolina a caminho de casa, sair do carro e achar que vou morrer e que vai começar a sair ginginha pelo meu nariz, boca, orelhas, etc..., dar 4 passsos e "afinal já passou, mas será que o gajo da caixa da bomba vai reparar que eu não estou na minha sobriedade plena?".
Três horas depois de sair do trabalho chegar a casa aos tombos e a segurar-me às paredes (não só pelas ginginhas mas pelo cansaço/sono, e o facto de não comer nada há 6 horas etc...), e de garrafa da tal ginginha na mão, por estrear.
Comer uma sopa maravilhosa que fiz ao calhas.
Escrever este post, publicá-lo, e só depois me aperceber que afinal não é quarta feira, mas terça.
Publicar e voltar ao "Editar mensagem" 5 vezes(juro que nunca me tinha acontecido).
E finalmente ir dormir.
Tudo muito improvável.
Mas foi este o meu dia.

sexta-feira, dezembro 05, 2008

Contos IV

A chuva batia nos vidros com força, lembrando-lhe uma banda de percursão frenética. De qualquer modo o conforto das quatro paredes parecia-lhe agora desconfortável. Pensou "A vida está lá fora, a morte aqui dentro". Tirou os olhos da janela, virou costas, e lançou-se corredor fora, arrancando um sobretudo do cabide da entrada e bateu a porta da rua.
Atirou-se à chuva, à vida, aos estranhos que deambulavam pelas ruas à procura do mesmo que ela.
Lá fora, ela parou, tirou o capuz da cabeça, levantou os olhos para ver os pingos que caíam e a forçavam a piscar os olhos. Sentiu cada gota que bateu e se desfez na sua pele. Olhou em frente de novo. E andou. Andou horas, tristezas, molhas, frios.
O conforto era o mesmo que sentia no calor de casa - pouco. Muito barulho. Trânsito. Fumos dos tubos de escape. "Fumos", lembrou-se, e acendeu um cigarro. Agora levantava uma aba do sobretudo para tapar o rosto e não molhar o cigarro. Encontrou um túnel escuro e ali refugiou-se, encostada a uma parede,queimando pensamentos a cada bafo, deixando-os desfazer-se com o fumo que saía pela sua boca.
Lembrou-se de tudo o que tinha: casa, emprego, família, carro, amigos.
Mas sentia um vazio. O mesmo que ela procurava preencher com a água que caía.
Atirou a beata para o chão molhado e voltou para a chuva. E ao primeiro homem com que se cruzou agarrou-lhe o braço e perguntou "sabes o que procuro? És tu que o tens, e escondes, e guardas de mim?". O homem arrancou o seu braço das mãos dela e seguiu com ar desconfiado. Ela baixou a cabeça, e arrastou os passos.
E até hoje caminha pelas ruas, perguntando a quem calha onde está o que procura.